MEDO Confesso que tenho um grande medo, medo esse que me consome, me faz entrar em crises existenciais, me faz refletir sobre esse mundo cheio de inveja, discórdia e intolerância. Tenho medo de não deixar uma marca nesse mundo. Como deixar sua marca em um mundo onde as pessoas se tornam cada vez mais interesseiras? é cansativo. Há muitas coisas boas também neste mundo, mas as más me consome. Estou aqui bancado o filósofo depois de maratonar uma série que consumiu meus pensamentos e sentimentos, há quem diga que é bobagem, mas quem já se pegou chorando assistindo aquele episódio marcante da sua série favorita sabe o impacto que causa a sua mente. Esse medo de não ser “ninguém” no mundo é causado pela sociedade, que, desde quando você é pequeno te consome com imposições carregadas de luxúria. Eu fico me perguntando o porquê de adultos me perguntarem o que quero ser quando crescer, aos 5 anos de idade, eu mudava minha escolha a cada pergunta. Quando você cresce a imposição é mais real, ditam a forma como se deve comportar, vestir e modo de falar. É desgastante ter que ser perfeito. Estou naquele típico dia depressivo que você se tranca no seu quarto, e faz aquela famosa pergunta: “Qual o sentido da vida?”. Estou obcecado pelo silêncio do meu quarto, é confortante se desligar as vezes do mundo.