O sono da glória, O descanso sereno dos merecedores. A concretizar-se em si mesma. Basta ter calma, E olhar na direção certa. Pena que nem sempre olhar, Significa enxergar. Somos cegos, Surdos, E por vezes, mudos. Emudecidos por palavras não ditas, Entaladas na garganta. Surdos por não querer ouvir a verdade, Querer fingir estar bem. Mas o sono que vem, Deixa-nos lentos, Menos dignos de ver ao redor, Cegos. Assim então adormece, Esqueça tudo, Apague tudo. Pois amanhã será um novo dia, Um dia novo para não enxergar