Doce demonia: Uma luz que cegava. Minhas pernas…

Uma luz que cegava. Minhas pernas trêmulas me obrigaram a ajoelhar. Jamais esquecerei dos seus olhos, brilhavam a luz eterna, mas machucava. ?Pule- a voz fria congelou a minha alma. Começou a me apressar então de repente, todo cenário mudou; a luz foi embora, o céu estava negro e nós estávamos em cima de um prédio, no meio do nada. ?Por que eu deveria anjo? O garoto sorriu, lentamente, e aquilo provocou uma dor insuportável, porém era impossível parar de olha-lo. Caminhou até a beirada, voltou seus olhos para mim e mostrou os dentes em um tenebroso sorriso, me deixando com calafrios. Eu quero que você segure a minha mão, porém, se o fizer, terá que abandonar tudo, o tudo que você supõe conhecer, no momento em que você segurar a minha mão estará deixando tudo para trás. Olhei para baixo e tudo o que via era um breu, era o nada, ouvia-se vozes e chamados. ?O que você teme…Jovem bela? A noite começou a nos engolir e o único som vinha dos sussuros que lá de baixo se intensificavam. O anjo estendeu a mão. ? Agora nada mais. Segurei sua mão e pulamos. Para o que parecia ser a boca do inferno.

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