A MINHA BÊNÇÃO
Vida nua… mariposa das noites, fria Qual um rio corrente, sem nada, Sem destino e desvairada, De caminho torto… de ardentia…
Vagueando curvas de pecados, fugidia Em preces dolentes, maculada Rompendo o sol, e desgraçada Como as rochas vagas… de agonia…
Silêncio de bênçãos… branca alma Arrastando saudades… sem talma Poisando os pés descalço em dor…
Vida além… Ah, pobre vida além… A vaguear no mundo… sem ninguém… No mendigar dum só pouco amor.