à tarde um vento suave Levemente se move E vai soprando o barco à vela Vejo o mar pela janela Tão distante; penso nela Se à noite o vento apaga a vela Mesmo assim, no escuro, és bela Te vejo em meu sonho e pergunto Meu Deus, o que foi que te trouxe? Quisera fugir de presença tão doce Quem sabe se ao menos Tão bela não fosse Acordo, abro a janela a olhar as estrelas pulsando Lembranças que se acendem e esperanças que se apagam Qual lume, dos insetos que à noite vagam Respirar o perfume de fada que emana da tua lembrança e meus sentidos embriagam Assim eu não sinto tanta saudade E nem morro de distância tento somente Enxergar-te em essência se cego e surdo fosse eu, de fato Quisera a sorte permitisse ver-te bela pelo tato.