Fica tudo num bornal É uma questão de perceber A sutileza constante O quintal é a vida da gente E, ao que tudo indica Pode até parecer diferente Mas, semente semelhante Gera sempre Coisa igual a todo instante Pois a vida nunca foi Um lugar que fica ali na frente Não lhe importa O quanto a gente corra Pois o tempo não descansa Entre um sonho e uma lembrança É tudo imagem somente Onde a verdade Está sempre dentro da gente Num lugar que nada esconde Porque sempre Há de chover e fazer Sol Só o presente interessa Fica tudo em um alforge É uma questão de olhar Onde a vida da gente é o quintal Não importa nunca a nossa pressa Coisa que o tempo não tem Nem precisa Que, por ser portador da verdade Sempre há pedras no caminho O tempo nunca tropeça E também não pisa em espinhos.
Edson Ricardo Paiva.