Hoje Sem saber por quê Fui lembrar De um tempo que ficou pra trás E vi alguém Alguém que eu já não sou mais Porquanto, A despedida é uma constância Só que quase que despercebida E as fases da vida, tem prazo de validade De vez em quando Quase vemos isso, qual criança A se rir de um medo bobo que não finda Pra no fim da vida ter segredo A saber-se o mesmo ainda… e ninguém vê Pois, se conhecimento é uma conquista A lista do que não sabemos permanece vasta E é preciso ser um grande tolo pra pensar vencer Vida, doce vida Passa tão depressa Quanto um lindo verso de lua cheia O dia vem, pouca gente viu a lua e o luar… ninguém A gente segue, abandonando Um medo ou outro ao longo do caminho Como quem se despede de velha amizade Mas que ainda existirão Um dia após o fim da eternidade Há um tempo a despir-se também De todo e qualquer orgulho Como espelho que se parte Agora partimos Sem fazer barulho, alarde ou ruido Nem querer se fazer ouvido Pois, quanto mais a gente cresce Mais a gente se apequena de tanto pensar, se pensa E vê que não vale a pena.
Edson Ricardo Paiva.