Edsonricardopaiva: O Alfaiate de Jerusalém Trabalha como…

O Alfaiate de Jerusalém Trabalha como ninguém Fazendo os acessórios necessários para acompanhar a dor alheia Isso não lhe causa, em absoluto O mínimo prazer Mas alguém precisa fazer E ele procura atender à demanda Outrora produzia Cruzes Mas a Humanidade concluiu Que toda aquela produção Era por demais pequena E, desde que produzimos A bela primeira centena de arcabuzes A produção vem, desde então Crescendo vertiginosamente O alfaiate só promove as despedidas E não gosta do que faz E também não faz Somente consolida Nomes, o alfaiate os tem, de toda sorte Muita gente o chama de Morte Conclamando seu nome Qual fosse uma vitória O Alfaiate produz Indumentárias em madeira E as costumeiras tralhas Que as acompanham Por hora faz mais de Cem Pra mandar embora, sem demora Aqueles que um grupo encomendou Enquanto outro grupo chora Amanhã, se invertem os papéis Há milhares de anos não tem descanso Nunca o teve, nem um dia Não há lugar para os mansos Bem-Aventurados, amanhã serão Aqueles que hoje tiverem A mais precisa pontaria

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