os velhos discos de vinil sem vitrola para tocá-los a igreja fechada e seu sino rachado o tempo passado os lagos que não existem mais os sapos também se foram assim como tantos amigos e as tardes que foram felizes companheiros da vida parceiros de jornada passageiros do tempo passeio que leva ao nada os sinos já não badalam quase nada prende atenção além do meu violão amigo que me restou por mais azul que o céu esteja as tardes são sempre cinzas sem árvores nos quintais dos lugares aonde eu vou hoje tudo que me resta é ver a vida que não presta tomando lugar de tudo uma batalha sem escudo cama sem criado-mudo o tempo inflamou hoje só restaram cinzas daquilo que já não interessa o tempo passa não o apresse a vida se vai e o mundo te esquece