Que a vida venha desgrenhada igual aos meus cabelos de menino venha e seja difícil transpor Qual fosse mata fechada a gente passa um pente fino e vai vivê-la A gente se embrenha pra poder conhecê-la A gente vai descalço sempre que hover espinhos Onde não houver dificuldade Eu crio uma Sempre que eu vir espaço conveniente para criá-la Que minhas mãos se encham de calos Que a vida venha Só não quero passar por ela sem vivê-la E que ela se vá um dia do mesmo jeito que um dia veio Não peço facilidades para mim Quero apenas que entre o início e o fim Eu possa deixar algo ali no meio