(…) Se eu pudesse humanizar minha alma Diria que ela está exangue Com uma expressão mofina De um cavaleiro derrotado Que não foi morto no duelo;
Escudo quebrado, Espada baixa, Armadura despedaçada, Olhar langue, vergonhoso, Os músculos fadigados. Ali, imóvel, no meio daquela multidão De olhares repressores. Digno de pena.
A espada que a pouco parecia dar-lhe plenitude É agora o símbolo de sua derrota Algo que não pode mais levantar Algo tão pesado que já nem pode segurar Mas com o punho fechado, serrado, da euforia que passou a pouco, Também o impossibilita de solta-la.
De símbolo de força e garra a símbolo de derrota e humilhação Torna-se agora uma chance de recomeço, Mais uma ultima fagulha de força e esperança De, quem sabe, mais um duelo mortal. (…)