LOUCURA
Insignificante, porém insano. Palavras que restrugem em minha mente, meu infortúnio diário, meu inferno pessoal. Questionários, dúvidas do amanhã e martírios do ontem. Exclamados e interrogados, investigados e julgados. O simples porém, da insanidade humana, suas tribulações ditas dia pós dia, ano pós ano, em toda sua insignificante existência. Pois o ontem será dito hoje, e do amanhã será feito o agora. E se um único vestígio de insanidade há de ser compreendido como loucura, a loucura será a forma concreta do nosso ser. O simples fato do amanhã estar em meus pensamentos distantes, faz dos fatos passados que iniciaram minha história não serem nada a mais do que apenas lembranças. Tão vagas, mas mesmo assim preenchidas. Complexo, mas dito. A insignificância de um simples fato, tão visto, mas por poucos comentado por medo do julgamento do próximo. Dito como loucura, mas visto como insanidade, é o simples fato da existência de um ser que está cansado de se manter em silêncio. Desistimos do sonho de ontem, mas buscamos o de amanhã, sendo louco, insano ou apenas mal compreendido. Vejo meus amigos se indo aos poucos, enquanto minha alma se esvai entre dúvidas e incertezas, me deixando encurralado em meio a imensa escuridão. Nada mais me importa!