PERDÃO Eduardo B. Penteado
Não posso ver-te, sob pena de uma velha dor A dor que tua redoma em mim provoca Inatingível! Caminhei muito e para longe Somente para encontrar-te na direção oposta Ah, como eu jurei… Jurei nunca mais dedicar a ti minha poesia Jurei que nunca te amei Jurei… Oi. Sei que andas linda E quiseras não ter-me feito sofrer Segurei tua mão ontem, e lembrei que és… Algo escapou da mais profunda masmorra E foge rumo à superfície Os portões explodem, e o Algo avança Por que insistes em ficar tão perto de mim? Inatingível, é o que és… Dona de uma crueldade indômita e bela Melhor nem mencionar teus olhos, pois… Pedi-te para não me encarares e desobedeceste Por quê? Pediste perdão. Aqui tens Algo parecido. Ou não…