Nenhum de nós passeia impune pelos retratos: fazem-nos doer os recessos da memória.
Deles saltam, por vezes, sustos, primeiras noites, secreta loucura, lábios que foram.
Interditam-nos sempre. Trepam-nos pelo torpor mais desprevenido, subsistem.
A sua perenidade é volátil e cheia de venenosos ardis. Um sopro no acetato.
Distintos, os seus contornos não são nunca os que supomos.