Eduardo Pizzetti: Seja logo ao acordar Ou quando penso ao…

Seja logo ao acordar Ou quando penso ao me deitar Procuro respostas, preciso saber como me livrar Dessa saudade que vem e que me bate Que sem precedentes me invade Forçando-me lembrar De todos os gestos, e de todo o olhar…

Saudades de norte, saudades de sul De céus estrelados, de noites em claro De tardes tão quentes, de dias nublados Saudades que vem de todos os lados Para todos os lados, de ambos os lados Do lado avesso, do lado contrário Até mesmo que os mesmos sejam o mesmo lado

Ah! Essa tal mesmice que é a saudade Por mais que mude a história, é sempre a mesma saudade Passado, presente ou futuro, o que importa? Se nem mesmo o passado com o tempo se importa Sempre metido aparecendo no presente E sempre afetando o futuro da gente

Saudade que vem, saudade que vai Que por mais que se tente, nunca sai Que por mais que se queira, nunca sai Que por mais que se busque, nunca sai “-Hei saudade, porque não me deixas?” “-Porque sou a prova de que seu passado valeu a pena” “-Porque sou tua alma dizendo para onde queres voltar” “-E porque sou tua história, e por isso, nunca irei te deixar!”

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