Élcio José Martins
ÁGUA DA VIDA
Se a água tem sabor, não sei, Mas sei que sempre dela beberei. Vem da fonte ou da torneira, É companheira da vida inteira.
Cai a chuva cristalina, Nasce o cio na terra menina. Semeia-se novamente a semente, Dá vida a um novo ser vivente.
A sede ela mata, Alegra a seiva e beija a mata. O verde da mata virgem, Mata a fome em sua origem.
A água que dá a vida, que veio do sopro, É a mesma que banha o corpo. É a lágrima que lava a alma, Face molhada que a dor acalma.
A água que lava o copo, É a mesma que do copo bebe. Frescor na mina incipiente, Ternura do amanhecer nascente.
Banha a vida E acalma a alma. Rega o solo na caída, Distraída se transforma.
No rio, corre mansa e faceira, Cachoeiras de cristais caem livres em ribanceira. É a vida que se vai algemada na esteira, Quem pensa diferente tapa o sol com a peneira.
No lençol se faz poupança, É reserva e esperança. Dá medo e insegurança, Quando a natureza faz vingança.
Desprezar a natureza não é uma boa decisão, Falta d?água na nascente aniquila a população. Não adianta promessa, reza e pajelança, Plante flores em seu jardim, aproveite essa bonança.
Élcio José Martins