Elizandro Pacheco: Há tanto sempre para se lembrar……

Há tanto sempre para se lembrar…

Lembro-me de muitas coisas… algumas felizes, outras nem tanto. Lembro-me de momentos de felicidade e alegria, que poucas das pessoas que passaram em minha vida me fizeram sentir, deixando marcas que levo e elevo em minha alma. Lembro-me de ter feito alguém sofrer, mas em algum momento também tenho uma vaga lembrança de que fiz alguém feliz. Lembro-me de ter pensamentos e atitudes complexas buscando a tão almejada felicidade enquanto ela estava na simplicidade de um sorriso. Lembro-me de tentar evoluir, lembro-me também de fazer coisas que nem eu sei explicar. Lembro-me de sofrer tentando fazer as pessoas felizes. Lembro-me de chorar uma lágrima que não era minha, por cumplicidade e amor. Lembro-me de ver um pôr-do-sol sózinho em algum lugar alto, e também da paz que isso me trouxe. Lembro-me de ter admirado quem eu devia ter odiado, Lembro-me de ter odiado quem eu devia ter amado, Lembro-me de ter amado que eu devia ter esquecido…

São tantas coisas pra lembrar, são tantas coisas pra esquecer… mas como lembrar do que se deve esquecer? Como deixar que o mundo e as pessoas não influenciem em quem realmente somos?

Lembro-me de ter feito escolhas erradas, nas horas certas. Assim, como escolhas certas na hora errada.

O tempo não para e cada segundo que passa pode somente ser lembrado, nada mais. Um palavra solta, um sentimento exposto, um grito de felicidade ou de dor… nada volta, nada muda, nada fica.

Lembro-me de ficar muito próximo do inatingível, de ter sonhos ousados e loucos, e de neles ter acreditado. Lembro-me de me enganar, de sofrer, de magoar, de sair do ar, de me elevar e de cair. Lembro-me de cada queda, mas prefiro lembrar de todas as vezes em que levantei… Lembro-me de todos que me derrubaram, mas não tenho como esquecer quem me ajudou a levantar.

Lembro-me de quando olhei pro lado e não havia ninguém, Lembro-me que a fé foi a minha força.

Lembro-me de estar com todos, e acabar sózinho. Lembro-me de calar um sentimento, e de sofrer por ele. Lembro-me de de quem fui e de tudo que fiz…

Lembro-me de todos que amei e de todos que me amaram, Lembro-me de todos que odiei e que me odiaram, Lembro-me de todos que comigo foram injustos e lembro de todas injustiças que cometi. Lembro-me de ter buscado a perfeição mesmo sabendo que ela não existe. Lembro-me de acreditar no impossível, e fazê-lo acontecer.

Eu só não lembro de mim.

De quem eu já não sou, de onde vim… e pra onde vou.

E por tantas lembranças é que dentro de mim mora uma esperança…

DE QUE ALGUÉM SE LEMBRE POR MIM!

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