Emily Bronte: Resposta a um aviso Na terra – na terra…

Resposta a um aviso

Na terra – na terra – colocar-te-ão, Com um céu de pedra cinza, Sobre um leito de terra negra, Com a negra terra para te cobrir.

“Ao menos aí poderei repousar; Possa tal profecia surpreender-me dentro em pouco, O tempo em que meus cabelos de fino sol Misturar-se-ão sob a terra às raízes da erva”.

Mas este lugar é mais frio do que o inverno. E fechado para sempre à alegria de ser livre. E aqueles a quem seduzia o calor da tua face, Estremecerão de horror ao deparar-te.

“Não. O mundo em que vivemos é uma seara de frêmitos. Eu sou a árvore do inferno, A amizade foi para mim a folha decepcionante. Mas talvez AO LONGE gostarão de me conhecer E dar à minha imagem uma justa memória”.

Deverias renunciar a este grande amor, Aos ternos jogos da humana piedade: Oh! não te despertes, O grande riso do Céu rompe acima das nossas cabeças, Jamais lamenta a Terra a uma Ausência.

E a erva, a poeira e a lousa solitária Terão dispersado dentro em pouco a humana companhia; Só o eco do suspiro se desola neste mundo.

O único ser… e esta alma era digna de ti!

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