Galpão Fronteira.
Velho galpão de madeira Aonde canta o Bem-te-vi Rude construção campeira Na margem do Rio Vacacaí.
Foste meu primeiro abrigo No aconchego com meus amigos. Rodeado pelo Arvoredo A beira dos areais Estou sob seu teto E não esquecerei jamais.
Nas sombras dos Angicais Saudades guardo de ti Lembranças de outrora Dos tempos de guri.
Grande galpão fincado Já com portas e janelas Ainda ouço o burilar Do vento na batida das tramelas.
Chuva caindo do alto Vento minuano ou geada De longe vejo teu vulto Assentado na beira da estrada.
Que Nossa Senhora permita E que nosso Deus queira Que sempre posso estar junto à ti Grande Galpão Fronteira!