INFÂNCIA ROUBADA
Infância, ai minha infância, não imaginas a tamanha saudade que me deixaste. Não sabia que alegria habita onde tu habitas, por essa razão almeijo sentir de novo essa alegria. Infância, ai minha infância, lembro-me quando dormiamos montoados no luando da casa da avó (a melhor casa do mundo) e também dos seus castigos quando faziamos asneiras. Infância, ai minha infância, foi tão bom construir os carrinhos de lata, guiar o pneu e sujar as mãos com lódo. Lembro-me daquela senhora senhora que despeijava sempre água em seu terreno para nos impedir de jogar á bola. Infância, ai minha infância, ainda sinto o paladar da comida que cozinhavamos na lata e do miolo que enfiavamos no bidão de oléo. Infância, ai minha infância, sinto muitas saudades das nossas brincadeiras( égo, keito, bica bidón, mama mandou, mana diala e o medo da raposa.) Saudades do banho da chuva, das calças rasgadas e das katubatas. Infância, ai minha infância, porque que permitiste que o avanço da tecnológia roubasse essas coisas?