Eu: Que há de ser você? Há tantos tão…

Que há de ser você?

Há tantos tão doloridos, que dá ser você? Há tanta ferida exposta e tanta dor escondida no meio dessa ferida como te chamarei?

Ora, todos querem falar todos querem viver todos? especiais e melhores, talvez Ora, todos podem chorar todos podem sofrer todos precisam de alguém que possa lhes consolar

Que há de ser você: a ferida ou um ferido? o médico ou o paciente? o consolador prometido ou mais um pobre doente?

Reconhece tua dor, mas pense em tantas dores que há na energia do cosmo? Nessa suposta competição, vale a pena competir?

Querida, já reconhece o apelo que te faço, amarre as feridas e siga com cada passo. Meu anjo, seja o consolador, seja o médico, o doutor, seja o ouvinte espectador. Juro ? docemente juro – não te arrependerás ao tratar a dor do outro sem se contagiar a tua dor enorme, pequena se tornará.

Juro, de coração, que o egoísmo não compennsa, e que a maior recompensa é uma palavra de gratidão.

Oh, não digo que se engane, que o outro seja fácil, não digo que vão mudar, alguns lutarão pelas feridas. Mas tu continuarás, com os teus remendos, com a tua força, com o teu jeitinho, que é o único como todos são.

Deixe o sentimento surgir, conheça-o. A coisa vai fluir, garanto que vai, prometo que vai. Teu anjo não te abandonou, nunca te abandonou, ninguém te abandonou.

Carlos, a vida continua, sozinho ou acompanhado, esperto ou calado, tu és resistência, seja paciência também, seja amor também. De dores o mundo está cheio. Com problemas todos estamos.

Isso não é bem um poema, é seu primeiro consolo, para si, para o outro.

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