A porta aberta
A porta se abriu, de repente tudo se revelou, o mundo se expôs aos olhos do homem, que se encontrava preso. Quebraram-se os grilhões as marravas, removeram a venda dos seus olhos. Mas o homem não tinha pernas nem braços para abraçar o mundo foi lhe dito que poderia ir, estava livre, enfim cumprira sua pena. Mas o homem continuou mudo não disse palavra. Por dias e noites ficou espantado com o tamanho do mundo e com a liberdade da porta aberta em sua frente. Até que seu carcereiro lhe disse: Vaz embora ou ficarás aí até morreres de fome e de sede? O homem tentou respondeu, mas não teve fôlego nem voz. Então, com olhar triste de profundo desânimo olhou para suas amaras, vendas e grilhões e, apontando-os, fez um sinal de que preferia a prisão pois havia perdido o intersere pela liberdade.