Em desespero noturno busquei a minha alma que um dia perdi sem perceber
numa noite fria quando ouvia Wagner as notas valquirianas embriagavam-me depois de duas taças de Merlot soube que esta é a sua cota diária
então, quando a poesia não mais me queria soube que a musa de apolo me olhava pelas frestas dos buracos de Einstein de outra dimensão, surgiu o fio de ariadne
assim a poesia se fez verbo em mim eu, que outrora mudo não sabia que no amor platônico de amigo a mante de fato existia.