Everton Arieiro: Depois da infância Era um tempo…

Depois da infância

Era um tempo distante Aquele sem desconfiança Era num passo confiante Que se firmava a criança.

O verbo vem no passado No passado é só lembrança E o olhar fica molhado Se pergunta sobra a esperança.

Já são anos os dias O futuro mudou de lugar São mulheres as gurias Amanheceu o que era luar.

Inocência que não existe Tempo tornou-se escasso Incoerência de quem desiste E planos que eu mesmo faço.

Na terra que já não ando Na rua que já não brinco A vida que está findando O fim que já está vindo.

E eu vivo fugindo Driblando a desesperança Encontro a quem vem sorrindo A encontrar-me durante a dança.

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