Everton Arieiro: O buquê Aqui, paro a te olhar;…

O buquê

Aqui, paro a te olhar; Esperei-te por um tempo; Não te vi desafiar; Entreti-me com o vento.

Envolvi-me em estações; Abracei-me ao meu frio; Procurei por emoções; Evitei ir ver o rio.

Parecias ter sumido; Teu silêncio evidente; Temos teres morrido; Sufocado a semente.

Para as cores me perdi; Percebi-me um daltônico; Entre tantas escolhi; A que é do amor platônico.

Para alguns tu és banal; Para outros, apenas flor; Para mim, tu és a tal; A que inspira o amor.

Esperar-te se molhar; Para dizeres o porquê; Aí, resolveu desabrochar; Para migrares ao buquê.

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