Papel de parede
Saudade feroz de quando as paredes ouviam, condenavam, proibiam a nossa voz
Errávamos menos quando as paredes tinham ouvidos. Pois precavidos, éramos plenos.
Hoje os ouvidos têm paredes. Não é esquisito? Pois nem meu grito tu já não sentes.
Reclamo em vão… Mas se há paredes Pintemo-las verdes pra ocultar solidão