BOLSO DE UM MOÇO
a passarada verde brada o teu sorrir: a própria ortografia não há graça tão mais bem acentuada só de pensá-lo, destoam as rimas
há sombra fresca em tuas letras, um acanho! – o moço tímido se ajeita se esconde, mas não se cala ele é língua de brisa y timbre de gaitas
mas se houver coisa na vida qu’eu desejo por teimosia é poder ser algum dia a reticência em sua poesia
ou largar dessa besteira d’olhar relógio (para ver se tu chega) vou lá eu ser alfabeto nada quero ser dois bolsos e apertar as tuas mãos nas minhas