Fabrício Hundou: T A I O B A quero una muda de taioba…

T A I O B A

quero una muda de taioba debruçar-me em toda folha pôr-me frágil ao frágil ainda que a grandeza seja o que resta no espaçamento entre as horas do réveillon y minha lágrima-pedestre quando vê a foto de meu póstumo pai na carteira de meu irmão

uma resma de taioba custa Ícaros – para quem vai saber: Ícaro não pôde voar tanto não tinha crença em Akará-Vento Oyá dizia

também me emociona erês saindo das escolas sinto a eternização do rosa desbotado dum prédio que ignorei todo o resto todo o tamanho que havia

pois só a cor pode explicar pois só a cor pode explicar s’esse banzo rema ou rima

ficamos enquanto puder

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