Já não me importo
Já não me importo Até com o que amo ou creio amar. Sou um navio que chegou a um porto E cujo movimento é ali estar.
Nada me resta Do que quis ou achei. Cheguei da festa Como fui para lá ou ainda irei
Indiferente A quem sou ou suponho que mal sou,
Fito a gente Que me rodeia e sempre rodeou,
Com um olhar Que, sem o poder ver, Sei que é sem ar De olhar a valer.
E só me não cansa O que a brisa me traz De súbita mudança No que nada me faz.