Não tenho ambições nem desejos. ser poeta não é uma ambição minha. É a minha maneira de estar sozinho.
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz E corre um silêncio pela erva fora.
Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem sabe o que é amar…
Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver do Universo… Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer, Porque eu sou do tamanho do que vejo E não do tamanho da minha altura…
A mim ensinou-me tudo. Ensinou-me a olhar para as coisas. Aponta-me todas as coisas que há nas flores. Mostra-me como as pedras são engraçadas Quando a gente as tem na mão E olha devagar para elas.
Nota: Trechos do poema ?O Guardador de Rebanhos?, in Poemas de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa) e de outros. Link