Florbela Espanca: Não ser Ah! arrancar às carnes…

Não ser Ah! arrancar às carnes laceradas Seu mísero segredo de consciência! Ah! poder ser apenas florescência De astros em puras noites deslumbradas! Ser nostálgico choupo ao entardecer, De ramos graves, plácidos, absortos Na mágica tarefa de viver! ? Quem nos deu asas para andar de rastos? Quem nos deu olhos para ver os astros ? Sem nos dar braços para os alcançar?!?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *