Na foto cena do momento em que Pôncio Pilatos, uma autoridade competente para exercer justiça ao inocente, prefere se esquivar, por medo do povo judeu e por medo de seu superior, o Imperador romano. Se inocentasse o Cristo, corria o perigo de aborrecer o Imperador romano e perder o cargo de Governador dos judeus. Usou de várias artimanhas a que o povo não respondeu com aprovação. Diante de seu “esforço” frustrado, manda trazer água e lava as mãos sobre o que possa acontecer ao Cristo que ele sente ser inocente. Nietzche vê em Pilatos a personalidade mais real do Novo Testamento por seus questionamentos. Eu o vejo como a personagem mais real por ser aquela que vemos no nosso dia a dia. A todo momento topamos com um Pilatos em nosso caminho. O discurso agora é “O negócio não é comigo, deixa isso pra lá”, “Vou comprar briga pra mim à toa, eu não! Ele que se dane!”. “Eu não vi, não sei de nada!”. “Bem que gostaria de defendê-lo, mas se eu o fizesse, perderia meu emprego, então…”. “Se eu vou testemunhar a favor dele, vai sobrar pra mim…é melhor eu ficar fora disso…”. E por causa dos Pilatos a injustiça corre solta. É preciso entrar na briga pela causa justa. Hoje o problema não e aflige, como escreveu Bertold Brecht, mas amanhã poderá ser sua vez…e os outros vão cruzar os braços também para o seu problema.
Adicionar pensamento