Francisco de Asssis Araujo

Francisco de Asssis Araujo: Mil e uma Dá-se início o crepúsculo E…

Mil e uma

Dá-se início o crepúsculo E vou como quem não quer nada, Aos teus pés. Nunca suplico, ou ao menos falo, Ela por si só me entende, Sinto. Ouço Sua respiração ofegante E com desejo: Ser mulher! Eu a faço! Não que precise do meu corpo, Só queremos um bate-papo! Ali, Conversamos sobre tudo Sem uma única palavra. Olhares e toques Sob calor ardente do quarto O mundo nos-ouve, (Apenas gemidos). O que ouvimos do mundo? (Os choros).

Na ânsia pelo experimentar pubescente O sal do seu suor, O Crespo do seu corpo, Vejo o querer em seus olhos, Enquanto reviram-se ao me olhar, E aos poucos seus lábios fraquejam, Como num desmaio, Seu corpo dorme. Música, Tempo, Excitação, Continuam. Enfim chegou o momento da entrega, O diabo vem a nos cobrar, O que a tempos prometemos-o, Entregamos-o, ele odeia perder tempo, Primeiro ela. E depois eu. E sem saber das horas ou dos dias, Nos miramos, Tomamos o que ainda está por acabar, Somos mil e uma transas!

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