Deleitarei-me da fragilidade Dessa insignificante existência. Gozarei dos prazeres mundanos, Que trazem à epiderme a sensação de estar vivo.
Sigo errante, Oscilando entre uma intensa vontade de viver, E a desistência que me convida diante as dores das cicatrizes Que ardem sempre que me deito a noite.
Nada me restou, Além de algumas memórias de épocas distantes. Retratos de faces que rasgam meu peito e me submetem ao gosto amargo da saudade.
Tudo faz parte de um grande ciclo Que incliná-se para a destruição. E o brilho de uma supernova me faz crer que o fim têm lá suas magias.