Rodeada por quem já me tinha habituado, Aparecestes tu? Apressadamente achei-te esquisito, Certas alturas normal? Cheguei a pensar que eras lunático! Agora sei que pensas em algo que não alcanço, És complexamente simples, Naturalmente diferente? Assim, sem querer, floresceu algo escondido, Baixinho, mostraste-me um jeito de viver que já não lembrava. Demonstrando o que sinto, Procurando o que sou! Lavro palavras que me tocam e que convencem? Sim, és importante para mim! Estranhamente invadistes uma parte de mim já esquecida, Inundaste-me com um pouco de pensamento e reflexão, Em contraposição, uma vontade de ser livre, Esquecer o princípio que nos rege, e voar. Não te peço para não achares estranho, Mas que compreendas que o que me envolve É mais, é muito mais do que aquilo que eu já tinha esquecido, É outra realidade que subconscientemente passava inobservada. Sei que não me tomas por especial, Quem me assegura que é isso que procuras? Será que a simplicidade em mim desconhecida é o bastante? Sei que nada disto importa, Encontro-me muralhada por aquilo que sempre quis ser. E agora, inevitavelmente não posso fugir, Porque não posso, depois porque sei que vou querer voltar a trás! Agora sinto o que mais tarde sei que vou sentir de um modo mais brando, Mas, sem me aperceber, gosto de o sentir, E sonhar com aquilo que nunca vou possuir, nem por breves instantes?