George Mendes: O Chacal e o Augúrio Ainda Que eu ande…
O Chacal e o Augúrio
Ainda Que eu ande Pelo Vale da Sombra e da Morte, Eu não temerei Perigo Algum; Pois, Teu Augúrio Me Condena. Realeza dos Mortos, Récita-me!
Priorado das almas Queimadas, Luzeiro De Sortilégios Sinceros, Arrefecei a Arte de Teu Algoritmo Primário. Sucumbirei Eu em Teus Prantos Tardios!
Por Meus Caminhos te Ouvi, Sibilante! Teu Silvo é o Eco da Ciência, Errante… Por Já Esquecida e Abafada, O Oveiro me Conduziu Em teus Sinais. Oh, Récita-me!
Na Lacunas Deixadas Por Sião Encontrei Repouso, Nascente Serpente do Sol… Récita-me!
Encontrei na Calunga Os Reis, Filósofos de Rocha e Fogo Enforcados na Fiada de Seus Símbolos e Escritos, Entre Enigmas, Na Escuridão Perpétua do Mundo.
Me Pus a Recitar o Silêncio E Ouvi Tua Agônia Gloriosa, Desmoronaram os Pilares de Sal E Arderam Em Tuas Asas de Púrpura!
Nas Lacunas Deixadas Encontrei… A Serpente do Sol… Récita-me!
Ao Ventre… Récita-me.