Absoluto Tu
Pela ponte, pelo rio, pelo trem, pela rua. Pela casa, pelo quarto, pelo país, pela lua. Por tudo e em tudo está a inquietude do mudo querer-te. Teu sufocante som vocal a embalar minha alma fragmentada. Com graciosidade, meu descanso ponha-te a cantar.
Não bebo água, não como cenoura. Não respiro nem guardo mágoa porque tu é tudo que guardo. Agoura alma, tu te tornou minha fonte vital.
Venha, vá. Volte para cá. Fuja! Fique! Faça-me chique: cubra-me com carinho, caso queira descansar. Dormir, despertar. Morrer e voltar.
De ti, nunca me verei livre visto que tu estás em tudo e meu coração é teu lar-veludo.