Boneca de Pano
Que tal ficarmos na nossa? Que tal fingirmos tudo? Será que fazer vista grossa vai silenciar o sofrimento não-mudo?
Sou marionete num jogo adulto, vejo cordas a sufocar corações em luto. Enceno a peça teatral perfeita onde não sei pra que fui feita.
Todas vezes que o vigário traiu fui atriz secundária; a principal foi ilusão em navalha e, a mensagem, mera falha.
Mas me libertarei. Despedaço, destruo, desintegro o frágil pano do qual me criei.