Geórgia Lira: Boneca de Pano Que tal ficarmos na…

Boneca de Pano

Que tal ficarmos na nossa? Que tal fingirmos tudo? Será que fazer vista grossa vai silenciar o sofrimento não-mudo?

Sou marionete num jogo adulto, vejo cordas a sufocar corações em luto. Enceno a peça teatral perfeita onde não sei pra que fui feita.

Todas vezes que o vigário traiu fui atriz secundária; a principal foi ilusão em navalha e, a mensagem, mera falha.

Mas me libertarei. Despedaço, destruo, desintegro o frágil pano do qual me criei.

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