Esqueceu de si mesmo o Homem, Na inteligência a racionalidade, Na razão fora da razão, Uma natureza despedaçada.
Tortura a duros golpes, maltrata, Em volta de si um casulo delineia, Achando-se rei dono do mundo, És apenas no campo um grão de areia.
Esqueceu mesmo o Homem de si, Achando-se rei dono do mundo De olhos abertos, dorme e se fecha No egoísmo, o fracasso mudo.
Tomou conta de si a ganância. Chora a natureza o que é dela reclama, Busca salvar-se a todo custo, Como à mostra o velho Chico na lama.
Na sua conjuntura estonteante, Perece por si mesmo achando-se forte Oh! Homem abra suas pálpebras, Do leste a oeste do sul ao norte.
Ao esquecer de si, vem a perecer. É tempo ainda, antes que seja tarde. Alternativas existem e são belas, Saia de si, tenha racionalidade.