Gil Buena: É da Vida Que se Canta o Destino Nem…
É da Vida Que se Canta o Destino
Nem tudo que se perde, É perdido de verdade. Há sempre uma brecha, Que nos deixa uma fresta, Num sentido de liberdade.
Nem tudo que se acha, É achado de fato. Existe sempre um mistério, Na parede que se fecha, Que a maçaneta não mostra, Da chave que não abre a porta.
Nem tudo que se vive, Colhe dentro um existir. Perde-se o que se quer E acha o que não se procura. É da vida que se canta o destino, Quando da vontade morta, nada suporta, E vai-se deixando o tempo à toa seguir.
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