No meu externo, exibo um riso coagido e quimérico Pois por dentro, fomento meu espasmo, o colho e pranteio No ímprobo de minha estulta, abracei minha penúria E então, de maneira astuta, ela me agarrou sem piedade alguma
Aniquilou todo meu deleite e jovialidade Me carrega aos vales mais vultuosos Herético, cessei na busca do aprazimento genuíno Extenuado, me prostrei na inércia eterna E para anestesiar meu pesar Apelo ao etilismo, ele ameniza, contudo não me regenera Tornei-me mero vassalo das agruras e pobre servo do suplício Assisto o tempo passar e minha alma vaga no esquecimento