Helom: Morder o couro, bater a carne e tremer…

Morder o couro, bater a carne e tremer os ossos, seres (in)animados na escuridão, e de pelos em pé, toco-te, tocas-me e tocamos o fim do labirinto, o intimo de nossos seres agora viventes, abocanhando o que vive e beijando o que morre, sobre o embalo das serras e compasso do trem, dançarmos, flagelando-te sob as peles do teu umbigo, flagelando-me sob as carnes do meu mamilo, nada que eu te diga trará paz ao teu leito, então calo-me com tua boca, nada que me digas trará paz ao meu animal, então calas te com minha boca, morder o couro e ver o lado vermelho da alma, bater a carne a suar, mostra-me onde teu corpo une-se ao meu, onde nós confundimos as pernas, onde enfim serei teu homem, senhor dos teus desejos de mulher, tremer os ossos e cantar, mesmo que teu ar tenha sido meu, e nesta nossa hora, mergulhar em ti e assim dormi em teu braços.

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