Eu não te olho com o teu olho que sabe Que quase tudo em ti é transitório. Meu olho-liquidez Descobre uma tarde esvaída, tarde-madrugada Tempo alongado onde te fizeste em viuvez. Não perdeste a mulher ou o homem que amavas. Amamos tanto E a perda é cotidiana e infinita. Porque sabia deste AGORA, Que a cadela do Tempo me roia, ia roer, rosnava me roendo Cadela-tempo, tu e eu… que contorno de nada, que coisa ida Nossa dúplice aventura, que… que sim, que sim…