Iara Vécio: POLTRONA DE COURO AMARELO Sinto falta…

POLTRONA DE COURO AMARELO

Sinto falta daquela menina Tranquila, serena, protegida, Sentada na poltrona de couro Lendo literaturas e enciclopédias. Sentia-se feliz e ciente não era Das recordações que teria, Dos momentos com teu pai, E saudade sentiria. Como gostaria de voltar, A sentar naquela poltrona… Não tinhas o que tens hoje, Tampouco sorria, De forma lapidada O silêncio continua, Relembrando de tua infância. Desejava que o tempo parasse Em cada página que lia, Mas, consciente que noutro dia, Com teu papai estaria. A Fé brotou… No coração daquela menina. Não existe mais a poltrona Nem teu pai se encontra, Dando alpiste aos passarinhos: Pardais que pousavam, Na calçada do escritório. O passado não retorna… No presente memórias valiosas Ao recordar da poltrona, Querendo nela sentar, Lendo os livros do teu pai, Vendo-o em sua prancha trabalhar, Ciografia com esmero executar. Saudades da poltrona amarela, Dos livros… que ainda pode ler, E do teu pai… Que outrora irá encontrar.

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