“Depois”
E assim,
Quando todos estiverem atentos à imensidão do meu vazio, cortarão, como pétalas, as folhas solitárias dos meus livros e lerão o que deixei palavra por palavra.
Frente a frente, cara a cara desses versos, saberás a origem que expresso os meus pesos carregados pelos ombros como as lágrimas mais pesadas dos teus prantos, quando cito nossos tempos como amigos?
E me abre, diante à flor da poesia, um desprezo, do segredo à revelia, expostos por ruídos do desvelo tão secretos e sentidos pelo medo.
E, então, tu me atinges à memória? E resgata a minha voz por teu silêncio quando fechas o livro na lembrança e abres, no coração, meus pensamentos.
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