Isabel Morais Ribeiro Fonseca: ÁGUIA NO PARQUE A águia prossegue o…

ÁGUIA NO PARQUE

A águia prossegue o seu voo Exibe os seus braços esfacelados Voa entre a nossa Bandeira no parque Gira em círculos, no seu espaço Com agitação da dor entre as asas Voa entre as arvores do parque Eduardo Sétimo na cidade de Lisboa Lentamente volta para o ninho Danificado pelo bicho homem O aroma intenso no parque no verão Que esta a morrer, as horas a encolher Sente-se já frio nos pés, como as folhas Secas no chão os sentimentos congelam De tanta nostalgia, nas memórias de infância A águia voa, como é bom, olhar para ela Navega através das nuvens, das arvores No encanto dos meus cabelos brancos Num declínio infeliz dos meus olhos Já se sente o aroma das castanhas Das florestas, dos nossos castanheiros De repente senti-me num pomar Cheias de belas maçãs de varias as cores O tempo é interrompido pela nossa calçada A Portuguesa adornada com musgo Os dias passam, as estações do ano também Permanecendo as memórias no vento Do voo da águia ferida pelo bicho homem No parque Eduardo Sétimo em Lisboa.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *