“CRISPA A DOR”
Invento ventos, tempestades Acordo entre os lençóis na escuridão Ofereço o corpo aos famintos lobos As rimas, a poesia e aos sonhos Perdem-se no longínquo horizonte Na chuva canto e danço à volta do fogo Transformo as minhas veias em vinho No amor crispa a dor que se abre em flor Entre as esperanças e o desengano Nascem no jardim os espinhos desinteressados O mundo deu-me um amor de céus irados Um amor feito de pranto, um riso no cume do paraíso. 2015