Isabel Morais Ribeiro Fonseca: O ÚLTIMO TERÇO Ela morreu, morreu…

O ÚLTIMO TERÇO

Ela morreu, morreu sufocada Pelas palavras que ouvia Entre o corredor, entre a porta Punhais nas costas espetados De alguém que ela mal conhecia Olha para dentro de si e tenta perceber Que mal terá ela feito para tanta maldade Vindo de alguém que mal conhece Será ilusão ou desilusão, fica a mágoa Junta coragem para continuar, seca o rosto Levanta a cabeça, sente a sua alma maltratada O coração vazio, triste, sofrido Reza talvez o último terço com fé nas horas Horas enrugadas no fim de uma tarde Ouve de longe o eco das duras palavras Ela sente um gemido sofrido e repetido Sente sobre si todas as sombras da guilhotina Dos olhos que espiam a sua dor na escuridão Dos enredos de todas as feras devoradoras Predadoras de pessoas inocentes que só querem Fazer o seu trabalho o melhor que sabem Ela hoje reza o último terço e morreu triste de tanta Maldade que há no seu local de trabalho.??? ???

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