Amo a transparência A lucidez das formas A visibilidade dos conteúdos
Amo o Mar Nas suas ondas alterosas O pôr-do-sol Nas cristalinas águas reflectido
Amo o vento Que espalha as areias Pelas praias desertas Onde os amantes se enternecem
Amo a Vida Perdida Em todos os rumos Procurada Em todas as veias Ainda não dilaceradas
Amo os Amores Os meus Que vão e vêm Os dos outros Que estão aí E alimentam a roda do mundo
Amo a criação ?Des-veladora? do Ser de cada ente Que ganha forma e conteúdo Em cada gesto da mão que enforma A matéria em estado bruto
Isabel Rosete
15/01/08