PENSAMENTOS DISPERSOS, por Isabel Rosete
I. Portugal: Uma pátria desolada nos confins da Europa. Outrora, vitoriosa, no ?reino cadaveroso da cultura?. Portugal: um Povo, uma massa de gente deslumbrada, com outros modos de fazer mundos, com os mundos das outras Pátrias, não perdidas nas marés do assombro.
II.
* Amo o Mundo, fechando-me dentro de mim própria?
* Não há espaços que nos absorvam nos caminhos da Vida e que à Morte não nos conduzam?.
* Vivemos?Estamos?Caminhamos?em que direcção? Não o sabemos. Mas, algum Destino nos guia?
* Somos o que somos. Não mais do que somos.
* Amamos, odiamos, sentimos? Somos humanos.
* A morte faz-se e desfaz-se, em cada pedaço de Vida?
* Sorrio, sempre, como se as rosas não tivessem espinhos?
* Resta-nos pensar o Infinito?
* Não temos Vida. Vamos vivendo. Não temos esperança. Permanecemos expectantes?
* Suamos por todos os poros o que a Vida não nos dá.
* Permanecemos nos rodeios da Vida, com indeléveis marcas de esperança.
* Não posso esperar que o Mundo venha ter comigo? Vou ter com o Mundo?
* A inocência não é sinónimo de infantilidade. Mas, tão-só, da Pureza da Alma.
* O Amor arde, queima, corrói? Sobressalta os corações, sempre na expectativa de um outro amanhecer?
* Os amantes são sôfregos.
* O Amor entusiasma. Leva os corações para uma outra idade.
* As gerações são como um ciclo, em perpétuo ou eterno retorno?
* Há almas que fazem transparecer o hálito opaco dos corpos imundos?
* Cogitar o impossível. A maior satisfação do Ego.
* O Mundo, em perpétuo movimento, mantém-se sob a corda bamba do equilibrista.
* Movemo-nos no espaço incerto do Universo comunicacional. Sempre presentes e ausentes de todos os auditórios.
* Passamos ao lado dos outros. Não os vemos. Vemo-nos a nós mesmos.